sexta-feira, 12 de março de 2010

Exposição de Pintura: A Perspectiva das Coisas


Gosto muito de arte. Clássica, moderna, contemporânea, a arte, expressa nas suas mais variadas formas (música, pintura, escultura, literatura e poesia) eleva o ser humano. Para mim, é parte integrante da vida: tão essencial como alimentar o corpo é alimentar a alma! No gosto pela pintura, penso que sou bastante eclética: tanto me deslumbra um bom quadro do século XV como uma obra do século XX ou XXI. Mas houve um género de pintura que sempre me fascinou: a reprodução dos interiores das casas, sobretudo das cozinhas de outros séculos!.... Esse material, absolutamente fundamental do ponto de vista da antropologia e do conhecimento dos hábitos e modus vivendis dos tempos retratados, para mim é pura curiosidade. Deleite mesmo….

As chamadas naturezas-mortas (acho interessantíssima a dicotomia entre as expressões francesa ouportuguesa: nature morte ou natureza morta versus a inglesa: still life… quase a diferença entre o copo “meio vazio” ou “meio cheio”), muitas vezes representando também alimentos, cozinhados e utensílios também me atraem particularmente. E é por isso que deixo hoje a referência à mais recente exposição promovida pelo Museu Calouste Gulbenkian: A Perspectiva das Coisas. A Natureza-morta na Europa Primeira parte: Séculos XVII – XVIII. De 12 de Fevereiro a 2 de Maio de 2010, quem passar por Lisboa não deixe de visitar a 1ª parte desta exposição que é já uma das mais completas sobre este género de pintura.


“A exposição pretende explorar os temas recorrentes da natureza-morta ao longo de quatro séculos de história: naturezas-mortas com frutos, caça, cozinhas e mesas de banquete, pintura de flores, instrumentos musicais, gabinetes de curiosidades, Vanitas e obras em trompe-l’oeil. A diversidade do tratamento artístico destes temas em diversos países será demonstrada através do confronto de obras em exposição, tais como as naturezas-mortas das pintoras Louise Moillon e Fede Galizia, ou as cenas de cozinha de Jean-Siméon Chardin e Luis Meléndez. Entre outros pintores que cultivaram o género e que integram a exposição, contam-se Juan Sanchéz Cotán, Juan van der Hamen, Pieter Claesz, Juan Zurbarán, Rembrandt van Rijn, Antonio de Pereda, Nicolas Largillierre, Jean-Baptiste Oudry, Luis de Meléndez e Francisco de Goya.”


Mais informações aqui.

10 comentários:

Renata disse...

Não tive ainda a oportunidade de visitar a Fundação Calouste Gulbenkian das vezes em que estive em Lisboa, embora tenh muita vontade.
Essa esposição deve ser interessantíssima, vou procurar pela net, ver se consigo saber de algo, na impossibilidade de visitá-la.
ótimo post,obrigada pela informação!

admiradora disse...

Mas que bela e apetitosa ideia a de utilizar este blog para difundir esta informação. Penso que não somos assim tão diferentes na culinária ao longo dos séculos. Falo naturalmente do que cozinhamos e não como o fazemos. Esse" espreitar ", tal como o descreve quanto ao " pano de fundo" deste tipo de quadros ajuda-nos a despertar a imaginação!

Anónimo disse...

Eu já adorava este blog, mas agora que nos delicia com estas delícias... já sou fã

PINTOR disse...

Excelente a dissertação sobre um tema tão curioso e tão apropriado ao assunto central do blog. Na minha modesta e autodidacta 'mania' de pinturar umas coisas, dedico-me por vezes a esse tipo de pintura.
Parabéns pela diversidade do blog, ainda mais apetecível.
Beijinhos do
PINTOR

Belita disse...

adorei os seus temas!

Fa disse...

Boa noite, Babette
Obrigada pela sugestão, vou tentar não perder esta oportunidade. Não sei se conhece o http://bibliodyssey.blogspot.com/ é um blogue que acompanho há vários anos e onde se podem encontrar colecções de gravuras antigas sobre diversos assuntos. bjs

Babette disse...

Fa, não conhecia o blog, mas já fui espreitar. Obrigada!um beijinho tb para si
Babette

Curiosa disse...

Tu és o máximo Babette. Cozinhas tão bem e revelas tanta cultura geral!...beijinhos da tua fã, Curiosa

MARIE GOURMET disse...

Alô Babette:
Também adoro pintura e quando fala dos interiores, das cenas domésticas e do 'modus vivendi' recordo-me sempre de Vermeer e daquelas telas maravilhosas que produziu e que naturalmente a Babette bem conhecerá.
Au revoir ma petite,
M. Gourmet

Suzana Parreira disse...

Babette,

Eu como sempre chego tarde e a "más horas"! Visitei esta exposição em trabalho e acabei por achar apropriado para quem se interessa pelas comidas noutros suportes e contextos. :)

Boa semana!