quinta-feira, 25 de março de 2010

Quanto e como comemos?


Gosto de procurar ser racional na utilização de ingredientes. Fui educada a evitar o desperdício: tento planear as quantidades do que cozinho; não costumo comprar "por impulso" mas sim programar as compras em função do que planeio fazer; não deito pão fora, por exemplo (ou se o faço beijo-o primeiro em sinal de respeito... hábito da casa dos meus pais). Também procuro ser racional na quantidade de calorias ingeridas: não utilizo refrigerantes, modero o consumo de doces, modero o consumo de proteínas (nós portugueses exageramos na quantidade de carne e peixe que ingerimos!). Claro que este blog apresenta muitas vezes receitas de festa, ou de ocasiões especiais, em que há alguns excessos. Mas mesmo aí, e se virem com atenção, as quantidades de gorduras e açúcares que refiro sofrem sempre "cortes" significativos em relação às receitas originais, substituo as natas por iogurte ou leite (nunca comprei um pacote de natas!...), aligeiro as receitas tradicionais portuguesas, não abuso de proteínas e uso muitos legumes. E o que faço, mesmo os tais excessos, procuro comer com moderação. Por me preocupar com a saúde e por respeito a quem não tem.
E há tanta gente que não tem....

Este artigo do Expresso, com imagens que valem mais de 1000 palavras, é sobre um estudo que compara os hábitos e os gastos alimentares de 30 famílias em 24 países, revelando as diferenças culturais mas também as assimetrias entre quem tem tudo mas come mal e quem não tem o suficiente.

Escolhi para este post a imagem da família italiana. À excepção dos refrigerantes, talvez seja a mais próxima da minha. Qual é a vossa mesa?

12 comentários:

Fa disse...

Bom dia, Babette
Este é um tema com o qual me preocupo e também tenho bastante cuidado diariamente, embora existam sempre excepções. Adoro comprar revistas de cozinhas de boa qualidade e às vezes para além das francesas e mais esporadicamente das italianas e espanholas, compro alguma revista inglesa e americana. Mas normalmente o que faço acaba por ser inspirado pela cozinha do sul da Europa. Há pouco tempo descobri a página da SAVEUR americana e também me apercebi que eles têm uma versão diferente para os Estados Unidos. Nesta perspectiva, é interessante observar como cada uma de nós vai adaptando as receitas ao seu universo cultural/gastronómico. Bjs

Lusitana disse...

Gostei de ver este espaço dedicado à meditação deste tema: conheço o artigo a que se refere e que
permite comparações não só da comida como da própria família.
A Fa deu uma dica que vou explorar, é muito útil esta troca de conhecimentos, bem hajam! Acho piada alargarmos os temas culinários aos assuntos com que se relacionam.

Tuquinha disse...

Tb procuro ser comedida em tudo que compro e cozinho.....não estrago nada e só compro o que realmente faz falta........Excessos por vezes alguns, pois somos 6 irmãos que se juntam com alguma frequência e que se queira quer não hã exageros......
Mas é um tema em que penso muitas vezes entre quem tudo tem e quem não tem nada.....
beijo

Anónimo disse...

Muito consciente!...
Numa época em que o termo "sustentabilidade" parece estar na moda, acho muito oportuno e consciente este tema.
Bravo

MUNHAMADE disse...

Ora aqui está um blog inteligente que ensina a arte de cozinhar mas anexa a 'bula' da posologia, modo de tomar, indicações e efeitos colaterais! Excelente e duplamente assunto de coração: como prevenção médica e como reflexão humanista.(Social e económica.)
Parabéns.

Alma disse...

Vim retribuir a visita e...adorei o post!
Parece que me estava a ouvir, (retirando as natas que adoro!ups!!), quanto ao beijo no pão também faço. Por norma o açúcar e a gordura das receitas vêm para metade.
Mais uma vez parabéns pelo post.
Alma

Sissamar disse...

Este blog é simplesmente de perder a cabeça (e a linha!!!)! Fiquei para me afogar de tanto que me babei com estas receitas fantásticas! Volto mais vezes com toda a certeza!
Obriagada pelo teu comentário é minha modesta pizza lol
Beijinhos
Silvia

Xana Bértolo disse...

Eu recebi este mail, completo com as imagens todas... é impressionante mesmo...
beijo

M. disse...

Acho que a minha maior despesa é a alimentação, e a minha família é pequena! Não me contenho muito no que se refere a comida, nem nas calorias, mas há uma coisa que evito ao máximo: aditivos! Detesto alimentos muito processados e com aditivos! Também não como carne há quase 6 anos.
Esses senhores da fotografia gostam bem de pão ;)
Bjsss,
Madalena

Emília disse...

Também tenho essa preocupação, tento comprar só o que vou consumir. É muito triste ver essa diferença social.
Beijinhos

Paula Pacheco disse...

OLa Babette, procuro também racionalizar o meu consumo, ensinar o crreto para as crianças, por ex. comer frutas, refrigerante somente final de semana, mas tem uma coisa que eu não consigo largar: açucar...gosto muito de doces, bolos etc...mas ou me controlando, realmente no mundo e dependendo do lugar existe muito disperdicio de comida, otimo seu post
bjs
Paula

Helena disse...

Conheço esse projecto há muito, curiosamente fui convidada a participar,mas procuravam casais com crianças e os meus já são adultos.É muito interessante ver as diferenças culturais,normalmente os povos com mais dificuldades comem melhor....
Quanto à nossa cozinha é quase toda biológica e usamos produtos naturais,muita fruta e verduras desperdício quase nenhum.
O meu pai , adepto de alimentação saudavel e natural,educou-me assim, não consigo fugir a isso....
Beijo