quarta-feira, 23 de abril de 2014
Natureza e Templos
Foi propositada a escolha de visitar o País do Sol Nascente por esta altura. Queríamos presenciar a explosão de cores que acontece logo no início da Primavera, com as cerejeiras em flor. Lindo! Visitámos Tóquio, Kyoto e Nikko e em todas elas a natureza era arrebatadora. Jardins muito cuidados, uma profusão de flores de cores suaves. Todo o imaginário do Oriente no espaço destes dias.
Por outro lado, os templos que marcam a espiritualidade deste povo. São locais serenos, verdadeiramente zen, que transmitem paz. Confesso a incapacidade de compreender muitos dos rituais que presenciei, tão diferentes dos nossos, em locais também diametralmente opostos aos associados à igreja católica. Mas viajar é também isso. Conhecer e respeitar os outros povos e culturas. E perceber que, apesar de todas as diferenças, é universal a busca de uma qualquer protecção divina, o agradecimento pelas graças concedidas ou simplesmente a procura de espaços onde se pode estar em silêncio e meditar. O elogio à simplicidade e humildade é patente nos edifícios, nos rituais, na aura depurada que se respira nestes ambientes. Foi também um exercício de contemplação e de encontro. No meio do silêncio, descalços e com algumas das paisagens mais belas ao alcance da vista era impossível ficar indiferente e não nos sentirmos renovados e abençoados. Qualquer que seja a religião, a bondade, a beleza e a paz serão certamente denominadores comuns. E isso aproxima-nos...
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6 comentários:
Olá Babette!
Adorei as imagens, mas adorei ainda mais o texto que escreveste a acompanha-las.
Beijinhos
Olá Babette,
Eu e o meu marido também tentamos, sempre que possível, fazer um circuito. Aproveita-se muito mais!
As fotografias estão lindíssimas!
As árvores fizeram-me lembrar as amendoeiras do meu Algarve, quando estão em flôr!
O texto está igualmente espantoso.
Quem me dera ter esse dom!
Eu concordo com tudo porque senti precisamente o mesmo na Tailândia.
Obrigada Babette pela partilha da vivência!
Um beijo do Sul,
Sandra Martins
Que lindo...
viagemdoceviagem.blogspot.com
Turista,
Obrigada. Ainda bem que gostaste.
Sandra,
Nós somos uns aventureiros controlados. Marcamos as coisas por nós e toca a ir! Daqui já ia programado passarmos uma noite em Kyoto. Nikko descobrimos lá ;) Metemo-nos no comboio-bala e lá fomos nós outra vez! Parece que as imagens descreveriam melhor o que as palavras pudessem não dizer. Se gostou do texto, melhor ainda ;)
Viagem Doce,
Mesmo, mesmo!
Babette
Olá Babette:
Foi uma das coisas de que me falaste, quando ligaste a fazer o "relatório" feliz desta viagem. A diferença de rituais. Parece-me que as matrizes são profundamente universais. As religiões e as contra-religiões podem ter os nomes que quiserem, que tudo se traduz numa palavra: absoluto. Vontade de absoluto. Numa igreja do Porto, numa ermida perdida na serra, na contemplação das flores, na Primavera e até mesmo em todos os que recusam templos e rituais. Absoluto também aí.
Muito lindas, as flores do Japão. Lembrei-me de um livro que li há anos. Zen e o caminho das flores. Falava de como as árvores deviam ser podadas. Os arbustos. As ervas. As lanternas japonesas. E as flores. Aplicámos alguns desses princípios ao nosso jardim e continuamos nessa viagem zen:)
Um beijo.
Mar
O vosso jardim é muito zen ;) Lindo, lindo!
E sim, será mais até como tu puseste as coisas. É que nem é preciso um sítio ou uma religião a enquadrar essa busca pelo absoluto. Tão bonito tudo o que vi...
Beijo
Babette
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