O desafio deste mês propunha convidar um poema para jantar. Ou melhor, para a sobremesa desse jantar, que a Confeitaria só serve doces! E eu hesitei na escolha. Há muitos poemas marcantes para diferentes momentos da minha vida. Muitos poemas tão belos que é quase impossível enumerar apenas um. Mas como em tantos outros desafios, acabei por me render à primeira escolha. Muitas vezes fico-me pela primeira impressão, pela primeira intuição. E aqui não foi execpção. Um poema breve. Repetido pela minha mãe desde que me conheço. Acompanhado de outras palavras iniciais: que era um poema que o seu pai, meu avô, lhe recitava amiúde. E eu, que não conheci o meu avô, imaginava como seria a sua voz a recitá-lo (e tantos outros, pelo que sei). É, por isso, um poema da família. Que une gerações. E que nos reduz à nossa máxima importância. Mínima Sou...
O Ponto
Mínimo sou,
Mas quando ao Nada empresto
A minha elementar realidade,
O Nada é só o resto.
Reinaldo Ferreira
Sortido Húngaro
Ingredientes (para cerca de 40 bolachas)
(Fonte: Pratos e Travessas)
Bolachas:
250 gr de farinha sem fermento
170 gr de manteiga sem sal, à temperatura ambiente (usei 150 gr)
45 gr de farinha maizena (amido de milho)
150 gr de açúcar em pó
6 gemas de ovo cozidas (usei ovos caseiros)
1/2 colher de chá de essência de baunilha
Cobertura:
1 tablete de chocolate de culinária de boa qualidade
Preparação
Forrar 2 tabuleiros de forno com papel vegetal e reservar. Colocar todos os ingredientes dentro de um processador e processar até formar uma bola de massa muito macia mas firme (cerca de 2 minutos). Estender a massa numa superfície enfarinhada e cortar bolachas com 1/2 cm de espessura. Dispor as bolachas nos tabuleiros com algum espaço entre elas. Tapar com película aderente e levar ao congelador por 20 minutos. Pré-aquecer o forno a 170º. Tirar os tabuleiros do frio, retirar a película e levar ao forno por 15 minutos. Deixar arrefecer um pouco e quando estiverem firmes, colocar numa rede para acabarem de arrefecer. Derreter o chocolate em banho maria, em lume muito brando e não mexer até o chocolate estar mole. Assim que estiver mole, mexer suavemente com uma espátula de borracha (salazar). Pincelar depois metade das bolachas com o cohoclate, colocando-as sobre uma rede para bolos até o chocolate secar.
Bom Apetite!
14 comentários:
Já tinha visto esta receita, e também fiquei tentada a fazê-la :D As tuas bolachas parecem deliciosas :D
Beijinhos e tem um bom dia! :D
Não conhecia o poema e fiquei deliciada. Por si só é uma belíssima estória :)
O sortido húngaro cheira a memórias de infância, a chá de tias-avós, a "senta-te direita" e a bergamota. Bem hajas, pela tua participação. Muito bonita. Gostei imenso.
Gosto imenso destas bolachas...
Beijinhos
http://sudelicia.blogspot.pt/
Finalmente venho até estas bandas, que falta a minha, alertada pelo título do post.
Um poema pequeno que mostra o quanto a alma pode ser grande, Mesmo sem se conhecer a voz podemos sempre medir a grandeza da pessoa pelas suas palavras. E, a meu, um senhor cheio de sabedoria.
Gosto do prato das bolachinhas, e gosto de ver que ficaram perfeitas.
Beijinho e bom fim-de-semana.
Olá!!
Poema lindo e bastante significativo!Biscoitinhos sempre são bem vindos para um chazinho ou café! Feliz Dia da Mulher!Dy.
Sortido húngaro é toda uma evocação. "O" ritual de quando era pequena. Bolachinhas de sortido húngaro. Obrigada, que me souberam tão bem. Esta mesa faz-me lembrar qualquer coisa:)
Um beijo de bom fim-de-semana.
Mar
O sortido, é um espectáculo.
O poema é belo!
Beijinhos
Parabens, adoro o seu blog. Mas fiquei com uma dúvida, as gemas são cozidas e depois é que se misturam com os restantes ingredientes?
Curiosamente também penso demasiado e acabo por ir sempre para a primeira escolha :)
Adorei o teu poema, fiquei deliciada por ser uma coisa de família.
E o sortido húngaro, adoro.
Um beijinho.
Curiosamente também penso demasiado e acabo por ir sempre para a primeira escolha :)
Adorei o teu poema, fiquei deliciada por ser uma coisa de família.
E o sortido húngaro, adoro.
Um beijinho.
Também adoro sortido húngaro, fiz no Natal para oferecer, deve estar na hora de voltar a fazer.
A minha receita não leva gemas cozidas, até fiquei surpreendida mas vou experimentar esta versão.
Também adorei o prato das bolachas!
Bjs
Que lindo sortido nos trazes. O poema é lindo (não conhecia). As memórias doces que o acompanham, também. E as bolachinhas devem ser uma delícia, mergulhadas nesse chocolate escuro.
Um beijo,
Ilídia
Olá,
Gostei das bolachas e adorei o poema, pequenino mas que diz muito.
Kiss, Susana
Penso que estas bolachinhas são muito consensuais ;)
E sim, as gemas (ie os ovos) são primeiros cozidos, o que faz desta receita uma receita bem especial!!!
E ainda bem que o poema breve agradou. Não são precisas muitas palavras. Apenas as certas. E estas dizem muito!
Babette
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